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Educação presencial: ameaça à vida?

O debate sobre o retorno das atividades presenciais das escolas brasileiras atingiu seu auge no mesmo momento em que a pandemia do Covid-19 ficou fora de controle em todos os estados da federação, com o colapso do sistema de saúde e com a trágica marca de 392 mil mortes desde o início da pandemia.

No Espírito Santo foram mais de 9 mil mortos e, segundo o Secretário de Saúde Nésio Fernades, em reportagem do Jornal Folha Vitória de 19 de abril, o estado pode ter uma quarta onda de casos de Covid-19 no mês de maio por causa da lentidão da vacinação. Além disso, no mesmo dia, o jornal traz matéria intitulada “Jovens já representam 43% das mortes nos hospitais do ES, aponta secretário de Saúde”. Nessa matéria, consta a seguinte informação:

 O número de mortes em pessoas mais jovens por coronavírus tem subido nos hospitais do Espírito Santo. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de outubro de 2020 até 28 de fevereiro, óbitos hospitalares por covid-19 entre 18 e 29 anos representavam 25%. Mas de 1 de fevereiro a 18 de abril, os óbitos dessa faixa etária subiram para 43%. Os dados foram apresentados pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (19). "Temos uma doença que se comporta com mortalidade maior na população jovem", destacou. Nos mesmos períodos, entre os pacientes jovens adultos de 30 a 49 anos, a taxa de mortes estava em 25% e passou para 35,37%.

Segundo o Censo Escolar de 2020,  42.260 docentes atuam na educação básica do estado do Espírito Santo e têm menos de 50 anos, ou seja, são jovens. A maior parte desses docentes atua nos anos iniciais do ensino fundamental (36,8%), onde se encontram 15.559 docentes.

 Nota Técnica da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, divulgada nesta terça-feira, dia 27 de abril,  traz elementos que preocupam a comunidade escolar e a comunidade que vive no entorno das escolas, tais como: a) a falta de definições claras de distanciamento social e processo de sanitização nas escolas; b)  falta de ventilação nas unidades de ensino e máscaras Pff2 ou N95; c) as novas variantes; d) a falta de sistema eficaz de  testagem, rastreamento e isolamento e) a falta de infraestrutura nas escolas públicas, visto que mais de 80% das matrículas são de responsabilidade dos municípios; f) a falta de colaboração federativa para garantir financiamento para obras e adequação tecnológica das escolas públicas brasileiras, tendo em vista que o governo federal tem sistematicamente reduzido os recursos para a educação básica.

Diante desse cenário, o Laboratório de Gestão da Educação Básica do Espírito Santo e a Frente Popular em Defesa do Direito à Educação, com apoio da Adufes e da Pró- Reitoria de extensão, convidam mães, responsáveis, discentes e toda a sociedade capixaba para debater o tema: “Educação presencial: ameaça à vida?”, no dia 28 de abril de 2021, às 19h, pelo canal do Lagebes no Youtube.

 

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